sábado, 29 de maio de 2010

Ah, o amor...

Aqui desejo falar sobre aquilo que desde sempre nos seduz: o amor. Esse objeto, ora considerado sentimento, ora posto como justiça e em outras como a desculpa que faltava para a estréia de um destino.
Há muito tentamos definir o amor. Traduzimos em música, em poesia, em cores, em ações e tudo o mais que acreditamos que possa descrever essa entidade tão misteriosa ao nosso humano entendimento.
Temos também a vaidade de classificar o amor em muitas categorias: amor materno, paterno, fraterno, pela pátria, erótico, amor a humanidade, amor a Deus, amor ecológico e etc.
Para Erich Fromm amar é uma arte e “a maior parte das pessoas vê no problema do amor, em primeiro lugar, o problema de ser amado, e não o problema da própria capacidade de amar”.
Por mais belo que seja falar sobre o amor, sempre encontramos a dificuldade de explicá-lo ao outro como vivemos o próprio amor em nós (aqui no sentido de experimentação, experiência do real).
Portanto, não vou eu aqui nessa conversa tentar definir o amor – mesmo porque isso seria arrogância, mas vou apontar e interpretar através do poema concreto e de linguagem visual de Décio Pignatari •, o que eu compreendo por amor.
Portanto, assim o entendo: antes era só EU, EU, EU. Ai apareceu VOCÊ, VOCÊ, VOCÊ. Senti algo e permiti que EU me aproximasse um pouco de VOCÊ.
Gostei.
EU e VOCÊ ficamos mais perto.
Em alguns momentos, VOCÊ vem primeiro que EU.
Em outros, EU tento ser melhor que VOCÊ.
Às vezes VOCÊ está extremamente dentro do EU, ao ponto de EU e VOCÊ nos tornarmos apenas UM.
É esse amor que vejo no Evangelho de João. O amor de Jesus que nos encontra e nos completa. EU completo por JESUS
Quanto mais Eu me aproximo de VOCÊ JESUS, mais preenchido estou. Mais permeado por este amor que se deu por mim (João 3:16 e 15: 13).
Ah! Esse amor maior que consegue fazer o me EU expirar para a tristeza e o mal, e o restabelece como uma linda flor que exala alegria.
Ah! Esse é o amor que Eu procurava.
Ah, o amor.

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