Não quero ter que depender apenas da minha força para me alimentar ou me vestir. Quero aprender com as aves do céu e com os lírios do campo e depender da providência do Pai (Mt 6.26-32).
Se, por acaso, Ele me agraciar com a fartura, quero me saciar...
Se, por acaso, Ele limitar meus recursos, quero me contentar com o pouco...
Como diz o autor de Provérbios, quero apenas o necessário, para que, em tendo muito, não me afaste de sua presença e, em tendo pouco, não me revolte contra Ele (Pv 30.8)... nem mais nem menos...
Mas como é difícil querer essas coisas quando somos bombardeados diariamente pela mídia e, mais recentemente, pela mídia gospel: compre, compre, compre!
Quero aprender com Paulo que nos ensinou que devemos comprar, mas viver como se não possuíssemos nada, usar as coisas desse mundo, mas viver como se nada pudéssemos aproveitar por aqui (1Co 7.30-31).
Busco a simplicidade e a mansidão de coração, a exemplo do grande mestre. Quero aprender a ser o último, a ser o servo, a valorizar o outro...
Preciso viver o agora, sentir cada segundo de vida, enxergar os pequenos milagres diários que me cercam, valorizar o ar que respiro, as canções que posso ouvir, os sabores que sinto, as texturas das minhas vestes, o afago de minha amada...
Não quero exigir nada do meu Deus, quero apenas apreciar tudo o que já tenho, e assim, viver como as aves e os lírios.
(fonte: jovemperegrino.blogspot.com)
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